Exercer uma liderança de sucesso não é uma ciência exacta nem depende de fórmulas mágicas. Todos sonhamos ser verdadeiros líderes, inspirar pessoas e melhorar as suas vidas através de ideias e tácticas que mudem os seus comportamentos, mas só alguns conseguem atingir este grau de competência. Como se pode então tornar num líder melhor?
Nas minhas investigações sobre liderança, encontrei um nome incontornável cujo trabalho quero partilhar consigo: Daniel Goleman. Pai da inteligência emocional e autor de um livro com o mesmo nome, este psicólogo e autor tem reflectido bastante sobre os valores subjacentes à liderança, aqueles que são fundamentais para fazer um bom líder.
1. O líder tem de motivar, inspirar e levar as pessoas mais longe.
Não basta ter a melhor ideia, estratégia, plano ou táctica de jogo, se não tiver uma equipa ao seu lado 100% comprometida e devidamente treinada não conseguirá atingir os seus objectivos. A inspiração conquista-se dando o exemplo diário, definindo objectivos ambiciosos, mas alcançáveis, que rapidamente se transformam num desafio motivador, e demonstrando que cada colaborador tem um papel activo na empresa e não é apenas mais um número numa folha de Excel. Torne-se num líder treinador e ajude a sua equipa a evoluir tecnicamente para que seja capaz de executar qualquer plano estabeleça.
Um bom exemplo deste tipo de líder é Steve Jobs. À frente da Apple ele inspirou milhares de colaboradores para fazerem história. Trabalhava mais horas que qualquer um, definiu que era possível criar produtos completamente pioneiros no mercado, como o iPhone, e deu liberdade aos seus colaboradores para que aplicassem as suas ideias na inovação dos produtos e serviços da empresa.
2. Os líderes não podem dar muita atenção a muitas coisas.
Segundo Daniel Goleman, o múltiplo foco é um dos grandes vírus da nossa sociedade. Não podia concordar mais! É complicado fugir à tendência de mantermos o nosso foco apenas naquilo que é importante e não dispersarmos pelos milhares de incentivos de que somos alvo a toda a hora. Terminamos um dia de trabalho a pensar que resolvemos vários assuntos, mas acabamos por passar ao lado daquilo que é realmente importante e estratégico – o foco de cada um de nós é finito e merece ser gerido com eficácia.
Quando penso neste assunto surge-me sempre no pensamento a presença de Cristiano Ronaldo nos 90 minutos em campo. Ele sabe que o importante é a sua capacidade de marcar golos, por isso foca-se nessa tarefa a 100%, mesmo que para isso tenha de diminuir a sua atenção em outras tarefas – também importantes, mas não cruciais – como é o caso de ajudar a defesa.
3. Os líderes têm que ser mais selectivos nas fontes
Quantas mais fontes de atenção, maior a distração. Para manter a concentração no que é realmente importante, deve reduzir os temas que exigem o seu foco. Aqui, dou-vos um conselho: para conseguir concentrar-me apenas num assunto, pratico meditação e mindfullness, conseguindo alcançar um estado de menor stress e maior calma. Desta forma, consigo manter o foco e atingir os resultados que pretendo. Desde Warren Buffet a Richard Branson, estas técnicas têm sido cada vez mais utilizadas pelos grandes líderes da nossa sociedade. E a lista de adeptos não pára de crescer!
Daniel Goleman também sistematizou que uma liderança de sucesso depende de 3 passos:
1. Definir objectivos claros. De forma a retirar a subjectividade de qualquer objectivo, defina metas quantitativas.
2. Dar liberdade no “como fazer”. Uma equipa com liberdade de trabalho é uma equipa sem “cordas ao pescoço” e os resultados são visíveis em vários campos, com destaque para o aumento da criatividade e da responsabilidade.
3. Dar feedback permanente e imediato. Podemos dar liberdade à equipa na forma como faz as coisas, mas o meu feedback como líder e a minha opinião têm que ser imediatas para melhorar o processo em equipa. Feedback constante = Crescimento dos colaboradores.
Enquanto líderes estamos constantemente a tomar decisões. Daniel Goleman deixou-nos algumas sugestões de como as podemos tomar. Mais do que olhar para folhas de Excel e fazer análises internas e externas, Goleman defende o potencial da intuição que temos dentro de nós e que está ligada à nossa personalidade, não podendo ser replicada por mais ninguém.
“Como me vou sentir ao tomar esta decisão?” Ao fazer esta pergunta a si mesmo, um líder está a trazer a intuição ao de cima e a decidir com base nela se deve avançar ou não.
Abraço,
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