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Agora, é tempo de Mudar!

Em momentos críticos como os que vivemos atualmente, os Líderes têm tendência em centralizar muitas das decisões em si como o caminho mais fácil para controlar custos e reorientar a Estratégia da empresa.

A curto prazo essa centralização pode ser essencial para a empresa redirecionar a sua Estratégia, mas um modelo de liderança centralizado, pode trazer alguns efeitos secundários indesejados:

  • Desresponsabilização: As equipas estão desresponsabilizadas, tendo-se habituado a não decidir e “remeter para cima ou para os lados” tudo o que exige uma decisão;
  • Lentidão na decisão: O tempo para a decisão nem sempre é o mais adequado, havendo processos que poderiam andar mais depressa se não tivessem que “esperar” pela decisão do Líder;

Desagrado dos mais qualificados recém-chegados: o esforço para aumentar a qualificação das empresas por via de contratação de jovens com boas qualificações, que ambicionam crescer com autonomia, desiludem-se passado algum tempo, ao se confrontarem com a centralização das decisões.

 

Agora, é tempo de mudar!

 Os tempos são de incerteza, os negócios estão muitos instáveis, têm prazos muito exigentes e as equipas têm de se tornar: 

  • MAIS autónomas e colaborativas entre si, para sermos MAIS rápidos, 
  • MAIS eficientes, 
  • MAIS produtivos e, ao mesmo tempo, 
  • MAIS atrativos enquanto empresa para trabalhar.

 

Para conseguir alcançar essa mudança, há algumas estratégias que devem ser implementadas:

1. Modelo de gestão por objetivos:

A) Definir bem os objetivos anuais ou semestrais para a empresa e depois assegurar que cada área tem os seus objetivos alinhados com os estratégicos da empresa;

B) Ter momentos de seguimento semanais / mensais, com cada área, para irmos afinando algum aspeto, apoiando quando houver dificuldades em atingir algum objetivo, pondo áreas em contacto para avançarem juntas, ou seja, garantir que o “todo” funciona e que os objetivos estratégicos para a empresa se cumpram;

C) Dar feedback regular às equipas sobre o seu desempenho;

D) Reconhecer o desempenho das equipas à medida que vão atingindo e cumprindo objetivos. 

 

2. Redesenhar o processo de tomada de decisão, definindo uma delegação de poderes e atribuindo níveis de decisão e responsabilização a todos. 

A coluna vertebral da responsabilização é a comunicação e a transparência. Quando as equipas comunicam de maneira frequente e aberta, as suas responsabilidades ficam mais claras e elas conseguem cumprir as solicitações mais facilmente. É assim essencial que: 

E) O responsável por gerir o contacto com o cliente / fornecedor / outras entidades faça a integração em softwares de planeamento de gestão e de tarefas, dos pedidos que chegam por diversas formas (Tel., SMS, WhatsApp,…) de forma que os assuntos não fiquem esquecidos ou pendentes;

F) Nas reuniões, ou diariamente quando o prazo assim exija, monitorizar as solicitações das diversas tarefas que foram feitas aos colegas e fazer acompanhamentos mais eficazes, de forma a promover a produtividade, a comunicação e reforçar a consolidação de uma equipa;

G) Assumir a responsabilidade e tomada de decisão, não “remetendo para cima ou para os lados” o que pode ser resolvido ou gerido no âmbito da função.

 

3. Alterar o nosso planeamento / agenda, para integrar compromissos que geram valor e eliminar os ladrões de tempo, tais como:

H) Conhecer bem os nossos principais clientes, visitando-os regularmente;

I) Fazer acompanhamento dos assuntos pendentes com a equipa e com as outras áreas, por exemplo em reuniões semanais, ou mais frequentemente caso se tratem assuntos urgentes;

J) Fazer seguimento dos principais indicadores de desempenho / objetivos;

K) Criar uma cultura de feedback regular, dando e pedindo feedback com frequência em todas as fases e níveis de um projeto, não só quando se verifica um problema que tem de ser resolvido, mas também quando um trabalho merece ser elogiado

L) Estar com as equipas, indo mais ao terreno e perceber as vitórias e as “dores” de quem está na frente de trabalho;

M) Criar ações para partilhar conhecimento e experiências;

N) Garantir e partilhar dados e informações de gestão para suporte à tomada de decisão.

 

A comunicação e envolvimento são fundamentais para desenvolver a responsabilidade de todos. 

O Líder, após implementação destas estratégias, consegue ALINHAR e CONFIAR na equipa que tem, CRIAR AS CONDIÇÕES para que possam trabalhar e alcançar os objetivos a que se propõem e ESTAR AO SERVIÇO DA EQUIPA, ou seja, estar sempre a perguntar “Em que é que eu posso ajudar?”.

 

Catarina Cardoso

Consultora & Coach

 
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